Neste registo de há 151 anos, temos um jovem que morreu afogado no rio Tejo, junto a Abrantes, fruto da tempestade e das cheias. O padre descreveu o jovem com grnade detalhe.
"No dia cinco de fevereiro do ano de mil oitocentos e setenta e dois nas Ribanceiras do Tejo próximo do Casal das Freiras, pelas onze horas do dia nesta freguesia de Santo Sebastião das Mouriscas, concelho e arciprestado de Abrantes, diocese de Castelo Branco, apareceu um indivíduo do sexo masculino, cadáver asfixiado pela cheia, que indicava treze a catorze anos, cicatrizado no rosto dos abalos da tempestade, que vestia calças e jaqueta de saragocinha, colete de borlina, camisa e calças brancas de pano cru, e seifões de samarra lanígera preta, um metro e vinte e um centímetros de comprimento, foi revistado pelas autoridades competentes, naturalidade, nome, filiação ignora-se, e foi sepultado no cemitério público desta freguesia. E para constar lavrei em duplicado este assento, que assino. Era ut supra. O pároco Vicente Mendes Mirrados."
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