Na realeza e nobreza do Séc. XVIII, os casamentos eram na realidade alianças para conquistar ou solidificar o poder político e/ou económico. No outro extremo da sociedade, os escravos também casavam. E porque o faziam? Quero acreditar que o faziam por amor.
O conceito de liberdade pode ser abordado de muitos prismas. Este prisma é, na minha opinião, muito interessante. Ninguém é 100% livre.
Neste registo de 1741 casaram o João e a Joana, ambos escravos de dois padres diferentes: "Aos sete dias do mes de Dezembro de mil setecentos e quarenta e hum annos, dadas as denunciações na forma do Sagrado Concilio Tridentino, e Constituição deste Arcebispado Primãs; se receberão em prezença de mim Francisco de Lima Prior da Colegiada de São João Baptista de Villa do Conde; João escravo do Padre João Monteyro Dias, com Joanna escrava de Licenciado Padre Antonio Fernandes Lourenço desta Villa; e receberão as benções conforme o ritual romano de que forão testemunhas o Padre Antonio Vieyra da Costa e Manuel Gonçalves moço da sacrist
ia que comigo asignarão. era ut supra."
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