"Aos trinta e um dias do mês de janeiro do ano de mil oitocentos e sessenta, pelas oito horas da manhã, no lugar de Cativelos, concelho de Gouveia, distrito eclesiástico e diocese de Coimbra, perante mim o presbítero José de Abrantes Coelho Gomes de Morais, cura da mesma freguesia, e das testemunhas abaixo assinadas, António Bernardo de Menezes e Fernando Garcia, Manuel de Abrantes Garrido, viúvo de Maria Rosália Ferreira, de idade de quarenta anos pouco mais ou menos, almocreve, achando-se gravemente enfermo, e em perigo de vida, tendo-se confessado antes de receber o sacramento da eucaristia, recebeu à cabeceira da cameira, muito de sua livre vontade, por sua legítima mulher, a criada, que há anos consigo tinha, que se chamava Maria Bernarda dos Anjos, da qual tinha tido dois filhos que reconhecia como de legítimo matrimónio, esta de idade de 30 anos pouco mais ou menos, filha de Bernardo solteira, natural e moradora do lugar de Fundões, freguesia de São Tiago, concelho de Mangualde, diocese de Viseu e pai incógnito…”
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